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O que é jackpotting?

Ataque faz caixa eletrônico liberar dinheiro

Golpe faz com que máquinas soltem cerca de 40 cédulas em apenas 23 segundos

Em alguns casos, os hackers conseguem liberar até 40 cédulas a cada 23 segundos. O golpe pode ser aplicado através da instalação de um vírus ou com a manipulação do hardware do aparelho. O roubo ficou conhecido há alguns anos por ter sido aplicado na Ásia, Europa e México e, recentemente, começou a atingir bancos dos Estados Unidos.


Golpe jjackpotting já foi identificado na Europa, Ásia, México e, agora, nos Estados Unidos (Foto: Pond5)

De acordo com a empresa de antivírus Kaspersky Lab, o possível malware utilizado pelos cibercriminosos é identificado como Ploutus.D, um software de jackpotting descoberto em 2013, no México. Uma das particularidades dessa aplicação é que ela funciona apenas nas máquinas fabricadas pela empresa Diebold. No entanto, é considerado fácil fazer os ajustes necessários para que ele seja compatível com os demais caixas eletrônicos.

Esse programa precisa ser instalado e operado no próprio caixa eletrônico para funcionar — ele requer uma senha para que a máquina libere o dinheiro. Esse código é informado pelo chefe da operação aos criminosos reponsáveis pela parte presencial do roubo.

A primeira notícia de um malware específico para roubar caixas elestrônicos foi divulgada em 2009. Segundo a Kaspersky, atualmente, há cerca de 21 tipos diferentes de softwares maliciosos voltados para a prática do jackpotting. Eles apresentam formas de atuação distintas e alguns podem ser ativados, inclusive, à distância.

No caso da atuação no local do caixa eletrônico, os bandidos inserem um cartão especial na máquina e digitam um código de segurança para ativar o programa. A aplicação, então, é capaz de abrir o repositório de onde sai o dinheiro.

Quando se trata de uma ação remota, o hacker que dá o golpe fica em um local seguro, longe do caixa eletrônico. E o criminoso presente no banco sequer precisa tocar na máquina para que o dinheiro saia. A ativação do malware desencadeia o saque de todas as notas disponíveis em um intervalo de cinco a 10 minutos.

Nem todas as formas de jackpotting envolvem a infecção da máquina por um app malicioso. Também é possível realizar o crime a partir do hardware . O criminoso acessa o chassi do caixa e conecta, através da entrada USB, um dispositivo chamado caixa preta. Esse mecanismo permite controlar a bandeja de dinheiro por meio de um smartphone, de forma que a máquina cospe as notas enquanto exibe na tela a mensagem "Fora de serviço".

Golpe nos Estados Unidos

Em roubos recentes nos Estados Unidos, de acordo com o site Krebson Security, o complexo esquema aplicado em caixas eletrônicos funciona de outra maneira. Com a ajuda de um estetoscópio (instrumento usado por médicos para ouvir os sons de dentro do corpo), criminosos disfarçados de funcionários do banco localizam a área da máquina em que podem acoplar seu próprio computador. O HD original é removido e substituído por outro, que imita o software original e simula aos usuários que o caixa está fora do ar. Concluído o crime, os técnicos falsos retornam ao local e retiram seu equipamento.

Acredita-se que os hackers utilizem uma versão mais atual do Ploutus.D que oferece acesso remoto ao sistema, de modo a controlá-lo e forçá-lo a “cuspir” as cédulas. As notas são expulsas do caixa eletrônico em alta velocidade. O malware é capaz de forçar um fluxo de 40 cédulas a cada 23 segundos, e a única forma de parar seria pressionando um botão de cancelamento no teclado.

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